CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DE SOBRADINHO O Maior lago artificial do mundo
Autor: José Freitas de Sousa
Deus nos deu a natureza
E a liberdade aos passarinhos
E me entregou o santo dom
Pra que eu siga meu caminho
E com sua permissão
Vou escrever a construção
Da barragem de Sobradinho
No Nordeste brasileiro
Aqui nas terras da Bahia
Foi construída essa obra
De alta categoria
E pra que conheça leitor
O narrarei com amor
Nas rimas da poesia
Lembro ao caro eleitor
Neste verso improvisado
Que antes desta Barragem
Há muitos anos passados
Existia com firmeza
Criada por natureza
A cachoeira do sobrado
Partiu dessa cachoeira
Este estudo profundo
Foram vários pesquisadores
Estudando cada segundo
Serra solo rocha com afago
Pra construir o maior lago
Artificial do Mundo
A Barragem de Sobradinho
Este verdadeiro oceano
Construída pela Chesf
Com estudo obras e planos
Hoje sua água é a beleza
E pra sempre a maior riqueza
Do vale são franciscanos
Quero a tensão dos leitores
Para essa narração
Que vou contar esta história
Como foi a construção
Do maior lago fecundo
Em espelho d água do mundo
Desde sua fundação
Em primeiro de setembro
De setenta e um foi o ano
Quando essa grade companhia
Em Sobradinho foi si instalando
Pra estudar a corredeira
Na antiga cachoeira
Aqui no solo baiano
Ao instala-se na área
A Chesf já adquiria
Seus trabalhos de coleta
De dados que La existia
E assim surgiram suas ações
Iniciando investigações
Com equipe de engenharia
Após os estudos da Chesf
Já crescia de noite a dia
Aquela aglomeração
De todos estados se via
Do sul ao alto sertão
Chagava homens atrás do pão
De paz e de moradia
Era gente do leste ao oeste
Da cidade e do interior
Chegando diariamente
Pinhões a todo vapor
Irmanados na fé e na coragem
Pra iniciarem esta barragem
Com luta dedicação e amor
E a Chesf vendo cresce
Aquele aglomeramento
Finalizando as coletas
Já construiu o acampamento
E já se iniciava
mil e oitocentas casas
E duzentos alojamentos
Foi muito bem nos trabalhos
De pesquisas no local
E já chegaram as Firmas
Pra darem a arrancada inicial
A Concic e Máster Incosa
A Barefame e as poderosas
EIT C.B.P.O e a Montreal
As construtoras da obra
Já agiram de modos gerais
Para abriga a aquela gente
Todos trabalhadores iguais
Foram esses os atos primeiro
Alojando mil solteiros
E mais de três mil casais
Vou dar uma volta na memória
Para lembrar o grande dia
Quando a vinte e seis de junho
De setenta e três na Bahia
A obra se iniciava
Quando a Chesf contratava
A SELVIX ENGENHARIA
Sobre a ação da SELVIX
Esta obra evoluiu
Estudaram bem o projeto
Que a Chesf lhe dirigiu
E fecharam acordo no canteiro
Por alta quantia em dinheiro
Sua construção civil
No dia vinte e oito de junho
Com o projeto na mão
A SELVIX já dava inicio
Com a sua equipe a escavação
As dinamites estouravam
E daí iniciavam
Da barragem construção
A profundeza do alicerce
Firmado na rocha pura
Que tem como objetivo
Pra garantir toda estrutura
Foi quilometrado o firmamento
Cinco quilometro de barramento
E quarenta e um metros de fundura
Foi cavado o alicerce
Da parede da barragem
Sobre a rocha da cachoeira
Da qual explico a metragem
Narrando em verdade pura
Marca quarenta e um de fundura
De onde partiu a ferragem
E assim foi concluído
O alicerce da barragem
A SELVIX engenharia
Com garra fé e coragem
A caminho do progresso
Já desenvolve o processo
Da etapa de concretagem
Mil novecentos e setenta e quatro
A concretagem começou
Com os serviços de ferragem
Que a própria SELVIX empreitou
E após dois anos surgiu
O desviamento do Rio
Pelo sistema extravaor
O sistema extravasor
Tem esse objetivo oriundo
Possui quatro vertedores
Com dois descarregadores de fundo
Com uma vazão d água atenta
Vinte mil duzentos e setenta
Metros cúbicos por segundo
É o sistema extravasor
Que tem essa serventia
Pra garantir a estrutura
Que desta forma seria
Depois de Aprovado os planos
Projetaram dez mil anos
De existência e garantia
Aqui vou deixar bem claro
Da construção a vantagem
Que ao concluir as obras
Da etapa de concretagem
Por uma boa administração
Já construirão o paredão
Junto a terra planajem
Há dois anos depois
A barragem em construção
A Chesf já antecipava
Uma surpresa pro sertão
Quando de forma geral
Deu represamento parcial
As fortes águas do chicão
Lembrando que esta construção
Teve uma figura exemplar
Onde o mesmo foi responsável
Por tudo que aqui estar
Não é Pedro nem é Saulo
É o guerreiro Dr. João Paulo
Maranhão de Aguiar
Dr. João Paulo acompanhou
Com dedicação e carinho
Desde o inicio das obras
As margens do ribeirinho
Nus dando um bom resultado
E deixou seu nome gravado
Na historia de Sobradinho
Muito obrigado Dr. João Paulo
Não te agradeço sozinho
Mais juntamente com seus colegas
Que acompanharam de pertinho
Já mais serão esquecido
Por este povo agradecido
Fundadores de Sobradinho
Já expliquei ao leitor
Quem foi João Paulo maranhão
Que faz parte nesta historia
Do inicio da fundação
Agora mudo a rotina
Pra falar sobre a usina
E a sua conclusão
Mil novecentos e setenta e nove
Já chegava ao alto sertão
Através desta hidroelétrica
Com sua subestação
Dando esta uma garantia
De que já gerava energia
As turbinas em operação
A vinte e oito de junho
Chegava a região
O presidente Ernesto Geisel
Pra dar sua aprovação
Daí o senhor presidente
Inaugurou simbolicamente
A primeira etapa da construção
E ainda em setenta e nove
Num esforço comunal
A SELVIX se preparava
Pra essa etapa final
Pra ampliar a Barragem
Construíram sua eclusagem
Em fase experimental
Agora muito contente
Chamo você atenção
Que vou falar algo importante
Sobre esta construção
Pra que você conheça com certeza
Tudo sobre a represa
E a usina em operação
A represa da Barragem
Tem essa cubação
Que liga de Xique-Xique
Onde banha a vegetação
Obtendo essa espessura
Com quinze quilômetros de largura
E trezentos cinqüenta de extensão
A extensão da represa
com quilômetros confirmados
Agora repasso a vocês
Todos medidos e calculados
Pra conhecimento do publico
Trinta e quatro bilhões de metros cúbicos
E quatro mil quilômetros quadrado
Com o represamento das águas
Municípios ficaram inundados
Incluindo sítios e fruteiras
Totalmente danificados
Hoje escrevo como prova
Remanso Casa Nova
Sento Se e Pilão Arcado
Com a evolução das águas
Deixando o povo sem trilha
Atônitos pediam socorro
Vendo tudo virar ilha
E a Chesf um plano adotou
E a pressa já deslocou
Setenta e duas mil Famílias
Ate hoje essas famílias
Que de suas terás saíram
Obrigadas pelas águas
Quando os problemas sugiram
Até hoje só lamentação
E nem terras nem indenização
Os Ribeirinhos adquiriram
Essa represa ao nordeste
Nus deixou bons resultados
A nossa energia elétrica
E vários projetos irrigados
E no ano produz o Rio
Quarenta e duas mil
Toneladas de pescados
A nossa usina hidroelétrica
pela energia se compromete
Através das turbinas
Que interliga do leste a oeste
Acionadas pelo Rio
Energizando o Brasil
Do Sul ao Norte e Nordeste
Suas turbinas foram montadas
Com segurança e garantia
Importadas do exterior
Pra o estado da Bahia
Montadas pela Montreal
Com essa potencia nominal
Na produção de energia
São seis turbinas geradoras
Que atende toda abrangência
Todas da marca KAPLAM
Com sua máxima existência
Onde produzem no recinto
Cento e setenta e cinco
Kilowatts de potencia
A Usina gera energia
Com seis turbinas hidrovatis
Que produzem em torno de um milhão
E cinqüenta mil watts
Ambas fornecem três bilhões
E oitocentos milhões
Ao ano de quilowatts
A Barragem troce o progresso
Pro nosso país inteiro
Irrigam as lavoras pescam peixes
E energia ao Brasil inteiro
Dando esta economia a nível
De trinta Bilhões de combustível
Ao Governo Brasileiro
É ampliando bem a estrutura
Que na Barragem sem demora
Foi construída a eclusa
Aonde o barco ancora
Esperando ordem de passagem
Pro mesmo seguir viagem
De Sobradinho pra Pirapora
Na eclusa tem uma câmara
Com cento e vinte de comprimento
Por dezessete de largura
De onde o esvaziamento
Passa pó um tirante com sucesso
Seguindo o mesmo processo
O tempo de enchimento
Primeiro é cheia essa câmara
Pro barco seguir viagem
Com trinta e dois metros cúbicos
A margem direita da barragem
Que lentamente desse o Barco
Deixando pra sempre este marco
Passando pela eclusagem
Muitos vêm de Juazeiro
La do porto do cais
Entram na câmara da eclusa
E em minutos percentuais
É dezesseis com certeza
Deixam o Rio e segue a represa
Destino a Minas Gerais
Em mil novecentos oitenta e um
Como escrevo neste versinho
No dia cinco de maio
Festejos marcam o linho
Quando em festividade
Chega á primeira cidade
A energia de Sobradinho
Foi á cidade de Juazeiro
Na sua festividade
No dia quinze de Junho
Em especial na solenidade
Inauguraram a subestação
Ao completar de emancipação
Cento e três anos de cidade
Vinte sete de junho
De oitenta chega cedo
Pra inaugura essa grande obra
Com rojões musicas e enredo
Perante uma radio católica
Cortou a fita simbólica
João Batista Figueiredo
E assim a grande barragem
Chega á conclusão final
Quando o então presidente
Descerra a placa oficial
As turbinas já funcionando
E as comportas água jorrando
Um espetáculo internacional
E aqui findo a historia
Da Barragem a construção
Agradeço aos que contribuíram
Pra essa grande inovação
Meus votos de felicidade
Ao prefeito dessa cidade
Na sua administração
JOSÉ FREITAS DE SOUSA
O Poeta do Vale do São Francisco
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SOBRADINHO BAHIA
munto linda emão freitas parabens deus te abencoi
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