HÁ SE EU PUDESSE EU FARIA
Autor: José Freitas de Souza
Há se eu pudesse eu faria
A paz vin. reinar de novo
Jovens libertos das drogas
De prisões crime e estorvo
E cadeia só pra políticos
Que vive enganando o povo
De carne feijão e ovo
Alimentava a criança
Que mendiga pela rua
Sem paz e sem esperança
E ás noites dorme jogado
Sem pais e sem confiança
Criava em prol da criança
Lei pra dar mais assistência
Nas apurações dos fatos
Com mas rigor e transparência
Pra que ela viva em paz
Sem conhecer violência
Pra acabar a decadência
Na política Brasileira
Construía outra Brasília
Que não rolasse sujeira
Os políticos fossem honestos
Pra não haver roubalheira
Nas campanhas eleitoreiras
Rigor na fiscalização
Pois quem promete e não faz
Com certeza é cassação
E punição de trinta anos
Sem disputar eleição
Quem engana a população
Se achando ser o poder
Se roubar vai pra cadeia
Desviou vai devolver
E prestar serviço de graça
Para todo mundo ver
Os processos engavetados
Colocar fotos ao público
Dos que nos trouxe enganados
E mandá-los pra cadeia
Os corruptos condenados
Município endividado
Gestor tem mais que pagar
Com os bens adquiridos
De maneira irregular
E ninguém da sua família
Cargo eletivo ocupar
É comum se desviar
E não prestar conta de nada
Justiça finge não ver
E logo esse camarada
Volta como o pai herói
Com a quadrilha organizada
A muitas caras lavadas
Que apóia um filho coitado
Pra ser eleito por ele
Que roubou e foi condenado
E quer se livrar da divida
Que o deixou no passado
A tantos necessitados
Sem casa pão e lençol
E o governo do País
Ferindo a lei do menor
Gastando rios de dinheiro
Em estádios de futebol
Seria muito melhor
Gastar com nossa nação
Construir mais hospitais
Que virou esculhambação
Com tanta gente sofrendo
Igual animais pelo chão
Jogador mora em mansão
O pobre mora em xalé
Jogador ganha milhões
Pobre é que o governo quer
Esse é o triste retrato
Do meu país o que é
Se tiver plano de saúde
Mais se não tem não tem vaga
Falta remédio e virtude
E aos que conseguem um leito
Mas falta o médico que ajude
Estar precária a saúde
Só por falta de dinheiro
Governo investido errado
Morrendo mais Brasileiro
Quem diz que ama o Brasil
Não Enriquece Banqueiro
Só se fala em desmantelo
O Brasil tá bagunçado
Políticos sempre mais ricos
E os cofres públicos quebrados
E a saúde e educação
Seu recurso é limitado
Alunos mal alimentados
Não dá para suportar
Como é que o governo
Quer um país exemplar
Se paga 30 centavos
Pela merenda escolar
Prefeitos têm que arcar
Se quiser de qualidade
Uma merenda escolar
Que atenda a necessidade
Das crianças que estudam
Do interior a cidade
O que falta é lealdade
Com o povo do meu país
Trabalhadores que sonham
Com dia próspero e feliz
Mas sempre os são lesados
Por propostas imbecis
Se eu pudesse em meu país
Prometeu tem que cumprir
Quem usufruiu do voto
Foi eleito e não quer agir
Terá diploma cassado
E o povo pra lhi punir
Si eu pudesse punir
Corrupto não tinha vez
Do vereador ao presidente
Juiz pobre ou burguês
Que mete a mão no alheio
Seu lugar é no xadrez
A corrupção se fez
Por culpa dos governantes
Que passaram a mão na cabeça
Dos parceiros iniciantes
Em vez de honrarem a pátria
Feriram seus habitantes
Como pode o comandante
Punir os seus comandados
Se aos grandes corruptos
Já se tornou aliado
E nunca se viu água suja
Alvejar panos manchados
Nosso povo esta arrasados
Por culpa dos governantes
Que só nus decepciona
Toda ora e todo instante
Como é que o desonesto
Leva o Brasil adiante
Há se eu pudesse num instante
Mudava a situação
Abria mais CPIS
Pra fazer apuração
Em todos os ministérios
Abolindo a corrupção
Mudava a apresentação
No programa eleitoral
Legislativo é pra leis
E prometem até hospital
E eleitos não fiscalizam
E o tempo é falando mal
Outra mudança total
Faria na lei do menor
Reduzia pra dezesseis anos
Para ficar de maior
Quem é maior pra votar
Vai responder por si só
E por isso é que está ai
Fazem filhos e saem fora
E a lei os avós vem punir
São de maior pra ser pai
Mas de menor pra assumir
É preciso corrigir
A lei de código penal
Banir a corrupção
Essa raiz infernal
Que com certeza é o cúmulo
Da resistência do mal
Só se ouvia falar de mal
Em lampião e a Turma sua
Que reinaram no Nordeste
Com sua lei severa e crua
Hoje Lampião já se foi
Mais o cansaço continua
Lampião são os poderosos
O cangaço é o poder
Os coiteiros são o povo
Que sofrem sem merecer
Há se eu pudesse eu faria
VIRGULINO REVIVER
JOSÉ FREITAS DE SOUZA
O Poeta Popular de Sobradinho BA
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